LAC-AC
LAC-AC: Liga Acadêmica Curitibana de Análise do Comportamento
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Grupos e cursos: Informações
Informações
gerais:
- Os
encontros dos grupos e cursos são semanais, no dia da semana estabelecido no
anúncio.
- A data de início dos cursos será do dia 10 ao dia 14 de março.
- As inscrições irão até o dia 04 de março.
- Informações referentes a cada curso, como o local exato de realização, serão enviadas por e-mail para os inscritos.
Informações
específicas:
Grupo
de Estudos sobre Comportamento Verbal
O estudo do comportamento verbal é apenas a introdução ao
estudo do comportamento complexo humano e, portanto, configura-se como
fundamentalmente importante para a Análise do Comportamento enquanto campo do
conhecimento que orienta a prática de psicólogos e outros profissionais. A obra
a ser estudada, por sua vez, constituiu o início de vários programas de
pesquisa que produziram dados importantes para a compreensão do comportamento
verbal das pessoas.
Curso de Neurociências e Análise do Comportamento
O objetivo desse curso é o de estudar alguns assuntos
referentes às Neurociências e à Análise do Comportamento, afim de investigar
possíveis relações entre as duas áreas, além de desenvolver comportamentos
relacionados à pesquisa acadêmica.
Curso de Princípios Básicos de Psicologia da Aprendizagem
Este curso foi formulado para
interessados em Educação. Nele os participantes entrarão em contato com os
princípios básicos dos fenômenos de aprendizagem, pesquisados experimentalmente
em laboratórios de psicologia e escolas de todos os níveis. O foco é entender
como a aprendizagem acontece, começando por situações simples até eventos
complexos envolvendo o aprender. Espera-se que os participantes, ao final deste
curso, estejam preparados para estudar fenômenos ainda mais complexos relacionados
à psicologia da aprendizagem, do ensino e da Educação.
Curso de Introdução à Análise Experimental do Comportamento
Neste curso voltado para calouros
ou outras pessoas com pouco ou nenhum contato com a Análise Experimental do
Comportamento, os participantes entrarão em contato com conceitos e princípios
fundamentais dessa ciência. O objetivo é capacitá-los para entender processos
comportamentais simples, ainda que esses processos também sirvam como base para
analisar fenômenos mais complexos, posteriormente. Este é o curso introdutório
para outras atividades da LAC-AC, e seus participantes, ao fim do curso,
poderão se inscrever para cursos, grupos de estudo e outros eventos da Liga que
exigem conhecimentos básicos em Análise do Comportamento como requisito.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Fala que eu te escuto
Texto escrito por Eduardo Ricetti (UFPR - Financeiro e Recursos Humanos LAC-AC)
Na
vida, querendo ou não, gastamos um bom tempo conversando. Conversamos sobre os
assuntos mais variados, às vezes preocupados com o vocabulário que estamos
utilizando, mas geralmente não. Consideremos uma situação bem específica e, ao
mesmo tempo, muito abrangente de nosso cotidiano enquanto analistas do
comportamento: as conversas com pessoas que não são analistas do comportamento
ou que não são de alguma outra área da psicologia, mas que tratam de assuntos
psicológicos ou da análise do comportamento.
Estas
conversas tendem a ser um pouco confusas, em primeiro lugar porque, geralmente,
a semântica do vocabulário comportamental não é a mesma semântica do
vocabulário leigo; ou melhor, as variáveis que controlam a emissão de respostas
verbais por parte dos analistas do comportamento não são as mesmas variáveis
sob as quais as pessoas que não são da área tendem a ficar sob controle diante
da emissão daquelas respostas. E aqui temos a nossa primeira confusão: a palavra
“controle”.
Ao
falarmos com o público geral sobre “controle”, tal qual o conhecemos na análise
do comportamento, já sabemos que há uma alta probabilidade de que o tema
“liberdade” surja. Mas, tendo em vista que a função geral dos comportamentos
emitidos em uma conversa é que esses comportamentos sejam entendidos, ou seja,
que as variáveis que controlam a emissão das respostas verbais de alguma das
partes da conversa sejam variáveis muito parecidas (já que dificilmente serão
as mesmas) sob as quais a outra parte da conversa irá ficar sob controle diante
da emissão daquelas respostas, podemos resolver esta confusão de uma maneira
bem simples. Troquemos a palavra “controle” por “atenção” (créditos ao nosso
presidente, Roberto Veloso).
Afora
a referência mentalista, que, se me permitem, nem vem ao caso nestas situações,
este truque cumpre muito bem a função “entendimento”, uma vez que “atenção” é
uma palavra geralmente usada diante de situações muito parecidas ao que
chamamos de “controle”. Outra situação parecida, embora menos frequente, é a
das palavras “condicionamento” e “aprendizagem”; substituindo a primeira pela
segunda evitamos uma série de desentendimentos que poderiam ser bem chatos de
resolver.
Enfim,
a prescrição geral para evitar o desentendimento é encontrar uma palavra do
senso comum que queira dizer a mesma coisa ou algo bem próximo de uma palavra
do repertório da análise do comportamento. Isso já foi descoberto (pasmem!),
não é coisa nova. Qual seria então a utilidade de dizer isso novamente?
Ora,
esclarecer as consequências de um determinado comportamento - ou, como é o caso
do “conversar”, de um conjunto de comportamentos - aumenta a probabilidade de
que ele seja emitido, uma vez que estabelece uma contingência de reforçamento
bastante específica e isso faz toda a diferença no dia a dia do analista do
comportamento. Esta semana mesmo ouvi de uma colega de graduação, também
analista do comportamento, que era difícil às vezes explicar um conceito ou
processo comportamental para alguém que não sabia patavinas sobre análise do
comportamento. Quantos mais analistas ou futuros analistas do comportamento
podem se sentir assim? Mais interessante seria perguntar: por que se sentem
assim?
Podemos
considerar que a constante cobrança pelo vocabulário científico exercida na
graduação contribua para que um repertório verbal mais leigo, digamos assim,
não seja desenvolvido ou melhor, mantido, visto que só aprendemos aquele
primeiro durante a graduação e o segundo já havíamos desenvolvido muito
provavelmente antes da graduação.
Além
disso, poucos professores ressaltam a importância de que aquilo que aprendemos
em psicologia serve a pessoas que, geralmente, não tem conhecimento sobre a
área; retornamos a nossa situação-problema: nós não conseguimos explicar o que
dizemos.
Enfim, embora as
contingências não estejam a favor da resolução do nosso problema, lembremos:
tudo que precisamos fazer é fazer-nos entender. Busquemos esta consequência em
nossas conversas e muito provavelmente seremos escutados
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Texto 06/02/14
Que o mundo “lá fora” não é fácil , algumas pessoas sabem. Entretanto, o
que fazer quando ao invés de facilitar, a faculdade dificulta ainda mais?
Estudantes se vêem perdidos dentro de uma ilusão quando percebem que há
uma grande distância entre o que lhes é ensinado dentro da academia e o que
lhes é pedido dentro de uma empresa. Em outras palavras, o conhecimento
produzido e passado adiante durante a graduação não atende às necessidades que
surgem dentro das organizações.
Então, quais são as competências mais relevantes de um indivíduo que se
encontra dentro do contexto organizacional? Segundo o consultor Jorge de Paiva
Campos, as empresas adquiriram uma certa mutabilidade para manterem-se dentro
de seus respectivos mercados. As empresas não se encontram mais dentro de um
padrão regular, elas estão dinâmicas. Tal mudança no comportamento das
organizações exige que os profissionais não mais se atenham somente às suas
funções e sim, que estes tenham uma atitude multifuncional dentro da empresa.
Ou seja, deve-se atingir resultados enquanto realiza-se as obrigações
diárias. Deve-se “fazer um pouco de tudo ao mesmo tempo”. Para o gestor Mario
Ceitil, é exatamente isso que um profissional organizacional deve realizar.
Em seu livro “Gestão e Desenvolvimento de Competências”, lista 16
comportamentos que envolvem o trabalho de um gestor organizacional. O mais
importante foi definido como compreensão estratégica. Para Ceitil, é de extrema
importância que o indivíduo possua o comportamento de “compreender a visão e a
estratégia da empresa onde se insere a atividade”. Também é necessário possuir
o comportamento de um líder que, além de ter sua atenção orientada para
resultados, deve motivar a sua equipe através da definição de objetivos a serem
atingidos.
Ou seja, a época em que a descrição da vaga e o
trabalho realizado nesta significava o mesmo, passou. Hoje é necessário saber
um pouco sobre tudo, ser multifuncional. As questões que necessitam solução
residem na própria universidade. Como preparar indivíduos para o mercado de
trabalho sendo que nem o próprio consegue definir o que necessita? Como que um
estudante pode se preparar quando não se sabe ao menos qual comportamento
desenvolver? Como alguém recém-graduado pode se sentir competente a exercer uma
função dentro de uma organização?
O conceito de competência pode ser traduzido
como um comportamento eficaz que é emitido de tal maneira que é reforçado. Para
um estudante se preparar para essas adversidades que encontrará, ele deve fazer
uso de seu repertório comportamental previamente desenvolvido antes e durante a
graduação porém, modificá-lo aos poucos conforme vai aprendendo dentro do
próprio contexto organizacional. Outra maneira que poderia se mostrar eficaz
seria o indivíduo prestar atenção aos comportamentos de alguém que está há mais
tempo no ramo ou na empresa, assim pode-se verificar quais os comportamentos
são relevantes para imitá-los.
Não importa qual a maneira que o estudante
utillize. Não há outra saída senão: correr atrás do prejuízo.
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